Porque cada dia tem o seu próprio fado ...

sábado, 4 de abril de 2009

havemos de ir a Viana

ó meu amor de algum dia...

Entre sombras misteriosas

em rompendo ao longe estrelas

trocaremos nossas rosas

para depois esquecê-las.


Se o meu sangue não me engana

como engana a fantasia

havemos de ir a Viana

ó meu amor de algum dia

ó meu amor de algum dia

havemos de ir a Viana

se o meu sangue não me engana

havemos de ir a Viana.


Partamos de flor ao peito

que o amor é como o vento

quem pára perde-lhe o jeito

e morre a todo o momento.


Se o meu sangue não me engana

como engana a fantasia

havemos de ir a Viana

ó meu amor de algum dia

ó meu amor de algum dia

havemos de ir a Viana

se o meu sangue não me engana

havemos de ir a Viana.


Ciganos, verdes ciganos

deixai-me com esta crença

os pecados têm vinte anos

os remorços têm oitenta.

(Pedro Homem de Melo/Alain Oulman)


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